sexta-feira, agosto 24

O Porquê da Vida "Léon Denis" 1885


O que somos?

De onde viemos?

Para onde vamos?

 

Àqueles que sofrem


É a vocês, ó meus irmãos e irmãs em humanidade, a todos vocês a quem o fardo da vida tem curvado, a vocês a quem as ásperas lutas, os cuidados, as provas têm sobrecarregado, que dedico estas páginas. É à intenção de vocês, aflitos, deserdados deste mundo, que escrevo. Humilde pioneiro da verdade e do progresso, coloco nelas o fruto de minhas vigílias, de minhas reflexões, de minhas esperanças, de tudo que me tem consolado, sustentado na minha caminhada aqui em baixo.

   Possam vocês aí encontrar alguns ensinamentos úteis, um pouco de luz para aclarar os seus caminhos. Possa esta obra modesta ser para seus espíritos entristecidos aquilo que a sombra representa para o trabalhador queimado de sol, aquilo que representa, no deserto árido, a fonte límpida e refrescante se ofertando aos olhos do viajante sedento!

I
Dever e liberdade


   Quem é que, nas horas de silêncio e recolhimento, nunca interrogou à natureza e ao seu próprio coração, perguntando-lhes o segredo das coisas, o porquê da vida, a razão de ser do universo? Onde está aquele que jamais procurou conhecer seu destino, levantar o véu da morte, saber se Deus é uma ficção ou uma realidade? Não seria um ser humano, por mais descuidado que fosse, se não tivesse considerado, algumas vezes, esses tremendos problemas. A dificuldade de os resolver, a incoerência e a multiplicidade das teorias que têm sido feitas, as deploráveis conseqüências que decorrem da maior parte dos sistemas já divulgados, todo esse conjunto confuso, fatigando o espírito humano, os têm relegado à indiferença e ao ceticismo.

   Portanto, o homem tem necessidade do saber, da luz que esclareça, da esperança que console, da certeza que o guie e sustente. Mas tem também os meios para conhecer, a possibilidade de ver a verdade se destacar das trevas e o inundar de sua benfazeja luz. Para isso, deve se desligar dos sistemas preconcebidos, descer ao fundo de si mesmo, ouvir a voz interior que nos fala a todos, e que os sofismas não podem enganar: a voz da razão, a voz da consciência.

   Assim tenho feito. Por muito tempo refleti, meditei sobre os problemas da vida e da morte e com perseverança sondei esses profundos abismos. Dirigi à Eterna Sabedoria um ardente apelo e Ela me respondeu, como sempre responde a todos.

   Com o espírito animado do amor ao bem, provas evidentes e fatos da observação direta vieram confirmar as deduções do meu pensamento, oferecer às minhas convicções uma base sólida e inabalável. Após haver duvidado, acreditei, após haver negado, vi. E a paz, a confiança e a força moral desceram em mim. Esses são os bens que, na sinceridade de meu coração desejoso de ser útil aos meus semelhantes, venho oferecer àqueles que sofrem e se desesperam.

   Jamais a necessidade de luz fez-se sentir de maneira mais imperiosa. Uma imensa transformação se opera no seio das sociedades. Após haver sido submetido, durante uma longa seqüência de séculos, aos princípios da autoridade, o homem aspira cada vez mais a libertar-se de todo entrave e a dirigir a si próprio. Ao mesmo tempo em que as instituições políticas e sociais se modificam, as crenças religiosas e a fé nos dogmas se tornam enfraquecidas. É ainda uma das conseqüências da liberdade em sua aplicação às coisas do pensamento e da consciência. A liberdade, em todos os domínios, tende a substituir a coação e o autoritarismo e a guiar as nações para horizontes novos. O direito de alguns torna-se o direito de todos; mas, para que esse direito soberano esteja conforme com a justiça e traga seus frutos, é preciso que o conhecimento das leis morais venha regulamentar seu exercício. Para que a liberdade seja fecunda, para que ofereça às ações humanas uma base certa e durável, deve ser complementada pela luz, pela sabedoria e pela verdade. A liberdade, para os homens ignorantes e viciosos, não seria como uma arma possante nas mãos da criança? A arma, nesse caso, freqüentemente se volta contra aquele que a porta e o fere.

II
Os problemas da existência


   O que importa ao homem saber, acima de tudo, é: o que ele é, de onde vem, para onde vai, qual o seu destino. As idéias que fazemos do universo e de suas leis, da função que cada um deve exercer sobre este vasto teatro, são de uma importância capital. Por elas dirigimos nossos atos. Consultando-as, estabelecemos um objetivo em nossas vidas e para ele caminhamos. Nisso está a base, o que verdadeiramente motiva toda civilização. Tão superficial é seu ideal, quanto superficial é o homem. Para as coletividades, como para o indivíduo, é a concepção do mundo e da vida que determina os deveres, fixa o caminho a seguir e as resoluções a adotar.

   Mas, como dissemos, a dificuldade em resolver esses problemas, muito freqüentemente, nos faz rejeitá-los. A opinião da grande maioria é vacilante e indecisa, seus atos e caracteres disso sofrem a conseqüência. É o mal da época, a causa da perturbação à qual se mantém presa. Tem-se o instinto do progresso, pode-se caminhar mas, para chegar aonde? É nisto que não se pensa o bastante. O homem, ignorante de seus destinos, é semelhante a um viajante que percorre maquinalmente um caminho sem conhecer o ponto de partida nem o de chegada, sem saber porque viaja e que, por conseguinte, está sempre disposto a parar ao menor obstáculo, perdendo tempo e descuidando-se do objetivo a atingir.

   A insuficiência e obscuridade das doutrinas religiosas e os abusos que têm engendrado, lançam numerosos espíritos ao materialismo. Crê-se, voluntariamente, que tudo acaba com a morte, que o homem não tem outro destino senão o de se esvanecer no nada.

   Demonstraremos a seguir como esta maneira de ver está em oposição flagrante à experiência e à razão. Digamos, desde já, que está destituída de toda noção de justiça e progresso.

   Se a vida estivesse circunscrita ao período que vai do berço à tumba, se as perspectivas da imortalidade não viessem esclarecer sua existência, o homem não teria outra lei senão a de seus instintos, apetites e gozos. Pouco importaria que amasse o bem e a eqüidade. Se não faz senão aparecer e desaparecer nesse mundo, se traz consigo o esquecimento de suas esperanças e afeições, sofreria tanto mais quanto mais puras e mais elevadas fossem suas aspirações; amando a justiça, soldado do direito, acreditar-se-ia condenado a quase nunca ver sua realização; apaixonado pelo progresso, sensível aos males de seus semelhantes, imaginaria que se extinguiria antes de ver triunfarem seus princípios.

   Com a perspectiva do nada, quanto mais tivesse praticado o devotamento e a justiça, mais sua vida seria fértil em amarguras e decepções. O egoísmo, bem compreendido, seria a suprema sabedoria; a existência perderia toda sua grandeza e dignidade. As mais nobres faculdades e as mais generosas tendências do espírito humano terminariam por se dobrar e extinguir inteiramente.

   A negação da vida futura suprime também toda sanção moral. Com ela, quer sejam bons ou maus, criminosos ou sublimes, todos os atos levariam aos mesmos resultados. Não haveria compensações às existências miseráveis, à obscuridade, à opressão, à dor; não haveria consolação nas provas, esperança para os aflitos. Nenhuma diferença se poderia esperar, no porvir, entre o egoísta, que viveu somente para si, e freqüentemente na dependência de seus semelhantes, e o mártir ou o apóstolo que sofreu, que sucumbiu em combate para a emancipação e o progresso da raça humana. A mesma treva lhes serviria de mortalha.

   Se tudo terminasse com a morte o ser não teria nenhuma razão de se constranger, de conter seus instintos e seus gostos. Fora das leis terrestres, ninguém o poderia deter. O bem e o mal, o justo e o injusto se confundiriam igualmente e se misturariam no nada. E o suicídio seria sempre um meio de escapar aos rigores das leis humanas.

   A crença no nada, ao mesmo tempo em que arruína toda sanção moral, deixa sem solução o problema da desigualdade das existências, naquilo que toca à diversidade das faculdades, das aptidões, das situações e dos méritos. Com efeito, por que a uns todos os dons de espírito e do coração e os favores da fortuna, enquanto que tantos outros não têm compartilhado senão a pobreza intelectual, os vícios e a miséria? Por que, na mesma família, parentes e irmãos, saídos da mesma carne e do mesmo sangue, diferem essencialmente sobre tantos pontos? Tantas questões insolúveis para os materialistas e que podem ser respondidas tão bem pelos crentes. Essas questões, nós iremos examinar brevemente à luz da razão.





VIDA É UMA SÓ ...

Água que corre para a vida eterna

1. VIDA É UMA SÓ

É uma só em dois sentidos. No primeiro caso pensamos em nossa própria existência e acreditamos que ela é uma só, que a vida eterna é gerada na vida terrena e dela é continuação. Cremos também que nossa pessoa, com a mesma identidade, continua depois da ressurreição. Num segundo sentido podemos entender que existe um DEUS DA VIDA, que todo ser vivo é criatura sua e é, de alguma forma, expressão desta vida que há em Deus . Assim é importante que tenhamos um respeito religioso, místico por todas as formas de vida e por tudo que as mantém e alimenta: água, terra e ar.
Nas suas diversas manifestações temos vida vegetal que vai de microscópicos fungos unicelulares (com uma só célula) a árvores gigantescas. A vida animal é variadíssima, de unicelulares a baleias descomunais.
O homem encaixa-se na vida animal com sua dimensão biológica. Mas dotado de espírito faz a ponte para a sobrenatural, para o próprio Deus que é "Espírito e Verdade". O homem foi criado por Deus para ser o cultivador, o guarda e protetor de toda a criação, principalmente de toda criatura viva.

2. A PRAGA DO MANIQUEÍSMO

Seria uma maravilha se todo ser humano fosse capaz de ter fé em seu Criador e compreender seu papel no mundo. Mas não é assim. Muito mais velhas que o Cristianismo são certas doutrinas que ensinaram o desprezo por todas as coisas materiais. A própria criatura humana tinha de livrar-se de toda a sua corporalidade e sexualidade para poder chegar a Deus.
O Cristianismo tem a mais bela das doutrinas sobre o valor de toda a criação e o respeito reverente e religioso que todos nós por ela devemos ter. Ensina-nos que o próprio Deus escolheu encarnar-se, tornar-se matéria, ao fazer-se um de nós, um "Filho do Homem", como Jesus gostava de identificar-se. Isso devia ser suficiente para varrer como lixo da face da Terra todo maniqueísmo, todo dualismo, todo desprezo por qualquer aspecto da criação. Mas não é assim! Mesmo entre cristãos católicos de nossos dias há os que vivem e pregam aspectos desta praga. Constantemente apontam para elementos que, supostamente, são irreconciliáveis entre nós humanos e Deus. Lembro-me daquela senhora católica à qual eu procurava explicação na boa teologia católica para um problema seu de ordem religiosa. Furiosa, grosseiramente, interrompeu a celebração do Sacramento da Penitência, protestou que ela procurava "doutrina de Deus e não dos homens". Saiu batendo a porta. Será que para ela o Verbo de Deus se fez carne, sangue, sexualidade, emoções... humanos com todas as suas conseqüências?

3. O ACERTO EM ESCOLHER A ÁGUA

A água é o mapa da mina da vida. Ela é base indispensável de toda a vida.
Todos sabem também quanta água é desperdiçada e quanta água emporcalhada e inutilizada por toda sorte de poluentes. Sabemos que bilhões de pessoas não têm acesso à água de boa qualidade para beber e preparar seus alimentos. Tragicamente, isso leva uns 2 milhões de crianças do mundo a morrer antes dos 5 anos de idade!

Pelos meus cálculos uns 50 países já experimentam carência acentuada de água para necessidades básicas. Nas próximas décadas vários podem entrar em situação de catástrofe com emigração forçada de populações inteiras. Conflitos e guerras poderão ser inevitáveis.
Até em nosso Brasil, detentor de mais de 12% da água doce disponível no mundo, existem milhões de pessoas sem água suficiente ou adequada para consumo humano, gerando toda sorte de doenças e mortes, sobretudo entre crianças. Boa parte do Nordeste perde periodicamente rebanhos pela sede e não consegue produzir alimentos básicos para sua população. Isso não pode continuar assim.

4. A CRIAÇÃO DE DEUS FORMA

Um todo que necessita de harmonia em sua interdependência. Dizia acima que o ser humano é o guarda, o protetor e o cultivador da vida em nosso Planeta. Tudo o que é necessário para promover e manter esse equilíbrio e harmonia como a quantidade e a pureza da água, trato correto às nossas terras, não poluição e zelo pela atmosfera que protege o Planeta devem fazer parte dos objetivos de todos.
É dever de todo ser humano decente e consciente a lutar para que a água nunca seja objeto de propriedade de ninguém. No máximo podemos imaginar remuneração justa a concessionários que tratam e distribuem a água. Mas tais empresas devem se rigorosamente fiscalizadas e garantir que ninguém seja privado do uso essencial da água, mesmo por falta de pagamento dos serviços pela pobreza!

5. ÁGUA É VIDA ETERNA.
Podemos pensar em Cristo que promete à samaritana "água que jorra para a vida eterna" (Jô 4,13). O elemento gerador desta água eterna é a Fé em Jesus.
O compromisso e engajamento nesta Fé nasceu em nosso batismo. Então, a mística cristã nos leva a pensar em nossa missão de batizados, sempre que nos servimos da preciosíssima água para qualquer necessidade.

O lava-pés é mais um gesto de Cristo que recorre à água (Jô, 13). Aí descobrimos que nós, os discípulos, precisamos ser e agir como nosso amado e único Mestre e Senhor: solidários e serviçais aos irmãos em todas as situações, ao ponto de arriscar a própria vida para isso.
Então, o elo se fecha. Um círculo virtuoso e auto-alimentado se firma em nós. Da água nascemos para Cristo. Usando corretamente a água, defendendo o direito de todos a ter acesso a ela, a vida de Cristo cresce e fortalece-se em nós. Isto nos torna mais zelosos em proteger a água como nascedouro e sustentáculo de todas as formas de criaturas vivas, expressões perenes de nosso DEUS DA VIDA

A Nossa Transformação


"Como seria doce viver entre nós, se a contenção exterior sempre representasse a imagem dos estados do coração, se a decência fosse a virtude, se nossas máximas nos servissem de regra, se a verdadeira filosofia fosse inseparável do título de filósofo!"
Rousseau: Discurso sobre as Ciências e as Artes



Quando olhamos o mundo, no estágio em que se encontra, de poucos afetos, de relacionamentos superficiais e muitas vezes interesseiros, de completo desamor, nos vem a pergunta: O que aconteceu com o ser humano? Teria deixado este de "SER humano"?


Lamentavelmente a resposta imediata é "sim"; e pior, com a triste sensação de que estamos vivendo em um mundo irremediavelmente sem conserto. Quando abrimos os jornais e lemos as manchetes ou assistimos o noticiário o que vemos são as tragédias, as desigualdades, a violência. Filhos que matam seus pais, pais que matam seus filhos; discussões frívolas que levam a morte.


Estes acontecimentos não são o triste privilégio de uma cidade ou país isoladamente, há uma profunda igualdade de fatos espalhados pelo mundo todo. A incapacidade humana de amor a seus semelhantes ocorre nas cidades do Brasil, nos campos de batalha do Iraque, nos atentados na América e na Europa.


Diante de tudo isso uma outra pergunta é fundamental: O que podemos fazer para construir um mundo melhor? Há quem diga que nada é possível, mas não podemos nos juntar a voz dos descrentes e que em nada contribuem para a harmonia do planeta.


Como bem disse Rousseau no seu Discurso sobre as Ciências e as Artes: como seria doce viver se as nossas máximas nos servissem de regra. De nada adianta termos discursos politicamente corretos se nada fazemos em prol do outro, do meio ambiente, do planeta.


O Homem precisa de uma roupagem nova, precisa libertar-se de comportamentos adquiridos ao longo do tempo e que o distanciou de si mesmo. Nós podemos nos transformar, evoluir interiormente e assim contribuir para a construção de um mundo mais humano, igual e fraterno.


Não há uma regra, cada um pode fazer seu próprio caminho, basta apenas não imaginarmos que algo extraordinário deva ser feito. Como bem disse Renato Russo: quem me dera apenas uma vez que o mais simples fosse visto como o mais importante.


Regras não há, mas ao pensarmos no simples podemos começar usando algumas ferramentas para a nossa transformação interior, podemos imaginar dez pontos iniciais e depois buscarmos o décimo primeiro, segundo, numa jornada sem fim, porque este crescimento é contínuo e ilimitado. Como sugestão, porque não começarmos:


Aplicando a justiça! Certo dia Mêncio, discípulo de Confúcio, lhe perguntou: - Mestre, com o que devo pagar o mal? Se pago o bem com o bem, devo pagar o mal com o mal? Confúcio respondeu: Pague o bem com o bem, e o mal pague com justiça.


Exercitando a caridade! Recentemente a televisão mostrou a reportagem de uma senhora que estava com uma depressão severa e que pegou um cãozinho para lhe fazer companhia, e só quem sabe o poder que estas criaturas têm, sabe como podem contribuir para a cura de uma doença como a depressão. Esta senhora, certamente estava evoluída interiormente, pois não guardou o benefício só para si, e hoje leva o cão a um hospital de crianças para que elas também tenham a oportunidade de se curar por um meio tão simples. Ela sabe que a caridade não se faz só com a mão no bolso.


Buscando a sabedoria! Há quem pense que a sabedoria só ocorre na idade adulta e não é assim, Rousseau também dizia que "não há verdadeira felicidade sem sabedoria e esta pode ser encontrada em qualquer estágio da vida". Que possamos continuamente buscar a sabedoria, não a erudição, mas a temperança, a sensatez.


Crescendo em amizade! Que triste quando ouvimos alguém dizer que seus amigos se conta nos dedos da sua mão. Triste porque deveríamos ter um número incontável de amigos verdadeiros... e isto é possível, basta criarmos as condições para que a verdadeira amizade floresça. Amigos são os que permanecem ao nosso lado independente das circunstâncias, por mais adversas que estas se apresentem.


Vivendo com entusiasmo! O crescimento interior depende, em parte, da energia que colocamos nele e viver sem entusiasmo é viver sem esta energia, precisamos trazer à tona o que de mais precioso existe em nós, que é a capacidade de crer no nosso deus interior. Buscar na essência etimológica desta palavra a força necessária para viver feliz.


Aproveitando intensamente o presente! Por mais que saibamos que nada podemos fazer para modificar o passado e que o futuro não nos pertence, temos muitas vezes a tendência de vivermos em um destes momentos; ou nos atormentamos com as imagens do passado ou sonhamos com uma parte da vida que ainda não chegou e assim desperdiçamos momentos significativos. Viva o presente, de preferência amando, porque esta existência é muito curta para centrarmos nossas energias fora do amor.


Sabendo reconhecer as fraquezas! Ninguém é perfeito, mas também não precisamos nos acomodar com as imperfeições, o crescimento interior acontece paulatinamente, mas a partir do momento que reconhecemos os pontos que precisamos melhorar, acelera o processo de transformação.


Promovendo a paz! A paz começa em casa e se projeta pelo mundo. A paz no trânsito, na escola, no trabalho, na sociedade. Que possamos verdadeiramente buscar e promover a paz, para que não tenhamos que escrevê-la em lençóis brancos estendidos sobre tragédias.


Mantendo a mansidão do espírito! Manter a mansidão do espírito não é ser inerte, mas ter equilíbrio suficiente para enxergar além de qualquer acontecimento, é ter uma visão estratégica em longo prazo, que permita ser e ficar equilibrado. Manso de espírito é quem está muito perto de uma profunda evolução pessoal.


Sendo altruísta! Embora todos os aspectos anteriores sejam características de pessoas altruístas, precisamos pensar no altruísmo como fonte de vida. Sem dúvida que parece uma grande utopia falarmos assim em um mundo tão perverso e desprovido dos melhores sentimentos. Mas façamos a nossa parte ensinada por Confúcio: Até que o sol brilhe, acendamos uma vela.


Sem regras, construamos o nosso caminho, pensando em uma vida melhor, em um mundo novo, cheio de alegria, de felicidade e paz. Permitindo que alguns chamem a isso de utopia, e que nós possamos chamar a isso de amor.


E finalizando com Gibran: Não digais – "Encontrei a verdade". Dizei de preferência – "Encontrei uma verdade". Não digais – "Encontrei o caminho da alma". Dizei de preferência – "Encontrei a alma andando em meu caminho". Porque a alma anda por todos os caminhos. A Alma não marcha em linha reta nem cresce como um caniço. A alma desabrocha tal um lótus de inúmeras pétalas.